RESENHA Megadeth - EndGame (2009)

Troféu Paim Brahma de Prata

A trupe de Dave Mustaine desembarca no Brasil esta semana para uma série de shows em algumas capitais do país. Infelizmente, Belo Horizonte ficou de fora desta vez. E o pior: o demitido do Metallica declarou que a banda tocará o álbum "Rust in Peace" na íntegra nos shows da América do Sul. Poh, justamente este álbum foi um marco do Metal mundial, contendo um dos riffs mais clássicos do estilo ("Holy Wars").


Tive a oportunidade de ir em dois shows do Megadeth aqui em BH - 1997 e 2008. Ambos excelentes, sempre muito bem executados e com um extremo profissionalismo, em termos de som e na qualidade dos músicos. E o gosto fica ainda mais amargo na boca - por não poder ver o Megadeth ao vivo em BH - é justamente pelo recente lançamento do novo trabalho da banda, EndGame. 

O guitarrista novo, Chris Broderick, deu um novo gás à banda, isto é notório. O duelo de guitarras nas músicas é a tônica deste material. Se nos discos anteriores, Dave era o ator principal nos solos, riffs e peso das músicas, agora Broderick chega pra encarar o mau-humorado Mustaine. Uma luta de boxe de primeira! O resultado ficou satisfatório, com músicas rápidas ao estilo do próprio "Rust in Peace" e sem muitas viagens musicais ou misturas extravagantes. O som é sempre por cima, sem opção para baladinhas ou coisa do tipo. É Trash Metal clássico da primeira faixa (Dialectic Chaos) à última (The Right To Go Insane). Pra quem curte a banda é divertimento na certa. 


Endgame é o 12º trabalho na discografia da banda e traz 11 faixas. Este disco tem mais elementos do Thrash Metal praticado no início da carreira do grupo do que seu antecessor, “United Abominations”. Se não é o melhor disco de toda a carreira da banda, pelo menos é um álbum com a cara do Megadeth: competência e muita porrada sonora.